Adeus, Lênin!

O primeiríssimo post deste blog. Espero que agrade vocês, companheiros de amor por essa maneira de fazer arte

Dirigido pelo diretor alemão Wolfgang Becker - que, para minha surpresa já dirigiu um filme intitulado WELCOME TO SÃO PAULO e cujos todos os prêmios que conquistou são relativos à Adeus Lenin! - o filme se passa na parte leste da cidade de Berlin, no digníssimo ano de 1989. Digo, a real história do filme começa no ano de 1989. Por essas pistas, já deu pra você sacarem qual é o ponto de partida dessa história. Isso mesmo. Se trata de uma história que envolve o SOCIALISMO SOVIÉTICO.

Há quem critique e há quem elogie a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Eu era um dos que criticavam por haver censura, corrupção e todas essas coisas. Porém, a partir desse filme, eu mudei minha concepçao... em partes. Sou contra a censura? SIM. Sou contra a corrupção? SIM. Porém, nos países onde predominou o socialismo não existia famintos. Não existia analfabetismo (digo, existia sim, mas em proporções bem menores de que era o ideal à época). A educação era papel que o governo atuava com responsabilidade, gerando uma educação de qualidade. A URSS era a maior potência econômica enquanto durou o socialismo. Não, não existiam ricos na URSS (a não ser os grandes chefões do governo), porém, não existiam pobres. Hoje existe um regime socialista bastante conhecido no mundo todo: Cuba. E, quando se pensa em Cuba, pensa-se em pobreza generalizada. Mas não é assim. Pode haver uma pobreza material, o que não é de todo uma pobreza, se não olharmos sob moldes capitalistas. Podemos observar que o IDH de Cuba é BEM mais alto do que o do Brasil, e ocupa uma posição de destaque. Além disso Cuba ocupa a invejável posição de país mais alfabetizado do mundo (o analfabetismo não passa do 0,2%). Então, antes de darmos opinião sobre o socialismo, é preciso conhece-lo e conhecer também as suas consequencias.

Sabemos que um dos momentos mais difíceis na história da humanidade é a transição do socialismo para o capitalismo. E isso ocorreu justamente no ano em questão: 1989.

Sem mais delongas, o filme conta a história de um rapaz chamado Alex Kerner (interpretado por Daniel Bruhl) que luta, em 1989, para o fim do regime soviético, para a liberdade de imprensa e etc...

Alex tem uma mãe chamada Christiane, que é uma das principais personagens da Alemanha Oriental, e que muito contribuiu para o socialismo.

Uma certa vez, durante uma manifestação contra o regime vivido, Alex é detido por dois policiais, justamente no momento em que sua mãe passava pela rua. Logo, assim que viu o filho, Christiane sofre um taquecardia e é levada ao hospital. Assim que conseguiu ser liberado pelos policiais, Alex vai ao encontro da mãe no hospital, a qual encontra-se num estado de inconsciência.

Porém, o estado de inconsciência de Christiane não é passageiro, e dura nada mais nada menos do que oito meses.

Quando Christiane acorda, seu médico diz à Alex que qualquer 'forte emoção' ou poderia sofrer outro taquecardia, ao qual não iria resistir. Porém, quando Christiane acordou de seu coma, a URSS já conhecera seu fim, e estava agora sendo invadida pelo pensamento capitalista.

Como Christiane sempre se dedicou totalmente ao desenvolvimento do socialismo, Alex decide que a descoberta do fim do socialismo pode ser letal à sua mãe, então Alex decide criar um 'mundo socialista' para sua mãe. E a história do filme está nessa tentativa de Alex de esconder a chegada do capitalismo de sua mãe. É claro que existem no filme enredos paralelos como a situação de Alex e Ariane, sua irmã, em relação ao pai ausente, e o romance de Alex com Lara, uma enfermeira que ele conheceu no hospital onde sua mãe por oito meses esteve internada.

Assistam o filme e descubram até onde essa farsa chega, e se chega.

Para os amantes da boa música, a trilha sonora desse filme emociona com músicas do genial Yann Tiersen.

Então, se quiserem aprofundar seus conhecimentos em História, Geografia e Cultura Geral, assistam esse filme o mais rápido possível.